domingo, 24 de julho de 2011

MERLA



Este glog foi produzido pelo grupo triodadepressao composto pelas alunas Rafaela, Marília Reis e Lysia.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Mescla gera novo entorpecente


A droga é bastante consumida em cidades grandes do país, como Rio de Janeiro e São Paulo. Lá, maconha, crack e merla são vendidas assim: mescladas, em forma de cigarro.
Alguns traficantes do Distrito Federal começaram a comercializar tal produto também. O preço varia de R$ 10 a R$ 15. Mas a maioria prefere vender os insumos separadamente, pois o lucro é maior. Uma pedra de crack custa, em média, R$ 5. Já a lata de merla varia de R$ 50 a R$ 70. O cigarro de maconha pode ser adquirido por até R$ 5.

CRACK ESTÁ EM 98% DAS CIDADES BRASILEIRAS

O consumo de crack já se alastrou pelo País, de acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgada nesta segunda-feira, em Brasília. O crack, droga formada pela mistura de bicarbonato de sódio e cocaína, ameaça à vida de 25 mil jovens brasileiros. O levantamento feito em 3.950 cidades de todo o Brasil mostra que 98% dos municípios pesquisados enfrentam problemas relacionados ao crack e a outras drogas. A CNM observa ainda que, embora haja um grande esforço para a redução da mortalidade infantil, não há política de Estado de prevenção à mortalidade juvenil. A confederação também ressalta a importância de ações na região de fronteira para impedir a entrada de droga. O estudo constatou que, dos municípios pesquisados, apenas 14,78% afirmaram possuir Centro de Atenção Psicossocial (Caps), que oferece atendimento à população e acompanhamento clínico de pessoas com transtornos mentais, entre eles viciados em entorpecentes. Quando o assunto foi a existência de programa municipal de combate ao crack, apenas 8,43% das cidades alegaram possuir alguma iniciativa dessa natureza.

terça-feira, 12 de julho de 2011

As Influências No Uso De Drogas

Com certeza o meio artístico também pode contribuir para a indução ou conscientização sobre o uso de drogas, segue abaixo a tradução de um trecho da música "Cocaine" de Eric Clapton que demostra como essa influência está presente no dia a dia de muitas pessoas.


"Se você recebe notícias ruins, quer expulsar as tristezas;
Cocaína.
Quando seu dia está terminado e você quer fugir;
Cocaína."


Cocaína na Gravidez Causa Perda de Neurônios em Cérebro de Bebê

Segundo um estudo publicado no Journal of Comparative Neurology, o uso de cocaína durante a gravidez pode resultar na perda de mais de metade dos neurônios do córtex cerebral dos bebês. Os cientistas estudaram os cérebros de macacos rhesus, mas acadêmicos acreditam que a descoberta pode ter implicações para os seres humanos, no que se refere aos reais danos fisiológicos para o cérebro do bebê associados ao uso de cocaína pela mãe durante a gravidez. Metade dos oito macacos usados nos experimentos nasceu de mães que consumiram 20mg/Kg de cocaína por dia durante o segundo trimestre de gravidez. A outra metade não recebeu cocaína, mas teve alimentação e cuidados pré-natais similares. O estudo mostrou que o córtex cerebral dos macacos nascidos de mães que usaram a droga tinha cerca de 60% menos neurônios e era cerca de 20% menor do que aqueles do grupo controle. "Esse é o primeiro estudo que mostra claramente a possibilidade da cocaína afetar a estrutura cerebral. Ele mostra que isso pode ocorrer", disse Michael Lidow, do Programa de Neurociência da Universidade de Maryland, um dos autores do trabalho.

Possível Tratamento para Cocaína é Descoberto

Pesquisadores descobriram que, se um hormônio relacionado à fome for regulado, a vontade de usar a substância diminui. As descobertas podem significar uma forma mais fácil de tratamento e desintoxicação.

O estudo identificou de que forma o hormônio afeta a dopamina encontrada no cérebro (responsável pelas sensações de prazer), na parte que controla o bem-estar e a satisfação. Posteriormente, os cientistas descobriram que bloquear o MCH (o tal hormônio) também bloqueia a “vontade” de usar cocaína.

A dopamina é uma substância neurotransmissora, essencial para o sistema nervoso. Ela é associada com sentimentos de satisfação e é liberada no cérebro quando as pessoas comem algo que elas gostam, fazem sexo e, em alguns casos, quando usam drogas. Altos níveis de dopamina foram identificados em viciados em cocaína.

Traficantes pintam o crack de verde e vendem droga como mais poderosa, o 'Hulk'

Traficantes paulistas têm enganado usuários de crack com o que seria uma outra droga, o Hulk. Segundo reportagem divulgada nesta terça-feira (14), no jornal Bom Dia Brasil, o crack disfarçado com este nome vem invadindo as lavouras do interior de São Paulo.
Policiais da Delegacia de Entorpecentes apreenderam um adolescente de 13 anos com várias pedras de crack verde, batizado de “Hulk”. A estratégia seria uma tentativa de atrair usuários com uma droga ainda mais poderosa do que o crack.
“Nós verificamos que os usuários têm dito que o ‘Hulk’ tem um efeito até maior que o oxi, mas ainda não temos essa confirmação. O que se tem de concreto é o aparecimento, o surgimento desse crack diferenciado para atrair mais usuários”, aponta o delegado Paulo Buchignani.
Para o delegado Reinaldo Corrêa, do Departamento Estadual de Investigações Sobre Narcóticos, a maior preocupação é com os trabalhadores rurais, principalmente os cortadores de cana, pois, assim como aconteceu com o crack, eles consomem a droga e têm a falsa impressão de que estão produzindo mais.
“Colhendo mais, ele ganha mais dinheiro e ele vai acabar gastando mais com as pedras. Com o tempo, isso se inverte. Ele acaba perdendo o emprego e acaba batendo na prefeitura do município em que ele está, porque ele vai ter graves problemas de saúde”, alerta o delegado.
“Saí da casa de recuperação e tive recaída. Quero mudar de vida. Tenho três filhos que eu amo muito. Quero voltar a trabalhar e dar um bom futuro para eles que eu não tive”, diz o desempregado Michel da Silva.
Segundo os médicos, quando uma pessoa fuma oxi, o querosene usado na produção da droga provoca náuseas, vômitos, tosse, sensação de sufocamento, tremores e até convulsões. Os vapores de cal, que também entram na produção do oxi, irritam os olhos, provocam perda parcial da visão e cegueira. Ou seja, é uma droga extremamente agressiva e extremamente viciante.

domingo, 10 de julho de 2011

Efeitos da merla

A atuação da merla é semelhante a da cocaína: causa euforia, aumento de energia, diminuição da fadiga, do sono, do apetite, ocasionando perda de peso, alucinações, delírios e confusão mental.
Ao passar seu efeito, o usuário sente medo, depressão e paranóia de perseguição, que em alguns casos leva ao suicídio.
O usuário normalmente apresenta a ponta dos dedos amarelada, olhos avermelhados, lacrimejados e irritados, respiração difícil, tremores nas mãos, irritação e inquietação. Ao longo do tempo perde seus dentes, devido ao ácido de bateria que começa a furá-los até que a perda total aconteça.

A Cocaína e seus Riscos

Os consumidores de cocaína podem sofrer, a longo prazo, de irritabilidade, crises de ansiedade e pânico, apatia sexual ou impotência, transtornos alimentares (bulimia e anorexia nervosa), diminuição da memória, da capacidade ou da concentração. Podem ainda experimentar a chamada "psicose da cocaína", similar à psicose esquizofrênica, com ideias delirantes, alucinações auditivas e/ou visuais. A nível neurológico podem ocorrer várias alterações como cefaleias ou acidentes vasculares. São ainda possíveis as cardiopatias (arritmias) e problemas respiratórios.

Durante a gravidez, o consumo de cocaína pode ter consequências graves sobre o feto (aborto e alterações nervosas no recém nascido).

A quantidade necessária para provocar uma overdose é variável de pessoa para pessoa e depende bastante do grau de pureza da droga e da forma de administração (as probabilidades aumentam quando a substância é injetada na corrente sanguínea); a dose fatal encontra-se entre as 0,2 e 1,5 gramas de cocaína pura. As overdoses podem causar ataques cardíacos ou paradas respiratórias.

Os Efeitos da Cocaína

A cocaína tem uma ação intensa mas breve (dura cerca de 30 minutos), sendo que os seus efeitos são semelhantes aos das anfetaminas. Quando consumida em doses moderadas, a cocaína pode provocar ausência de fadiga, sono e fome. Para além disso, o indivíduo poderá sentir exaltação, euforia, intenso bem-estar e maior segurança em si mesmo, nas suas competências e capacidades. Os consumidores de cocaína costumam ser conhecidos pelo seu comportamento egoísta, arrogante e prepotente.

Ocasionalmente poderá ter efeitos afrodisíacos, aumentando o desejo sexual e demorando a ejaculação. Contudo, pode também dificultar a ereção.

A nível físico, pode provocar aceleração do ritmo cardíaco, aumento da tensão arterial, aumento da temperatura corporal e tremores ou convulsões.

As doses elevadas geralmente provocam insonia, agitação, ansiedade intensa, agressividade, visões e alucinações (as típicas são as tácteis, como a sensação de ter formigas, insetos ou cobras imaginárias debaixo da pele). Ao bem-estar inicial segue-se geralmente cansaço, apatia, irritabilidade e comportamento impulsivo.

sábado, 9 de julho de 2011

Apreensão no DF

Pasta base - cocaína (C17H21NO4 -avaliada em 12 mil reias), em torno de 650 latas vazias para guardar o produto, barrilha (carbonato de sódio), solução de bateria (chumbo e ácido sulfúrico) e soda cáustica. Se toda droga estivesse pronta, renderia aos traficantes em torno de 50 mil reais.

Uma apreensão de material para a fabricação de merla, no Distrito Federal, nos faz entender o quanto ela é consumida lá e quanto lucro seu tráfico gera.


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Fique sabendo!

Quando o crack se tornou ilegal?
Já que surgiu como derivado da cocaína, o crack nunca foi uma droga lícita. Pelo contrário, desde que virou epidemia nos estados unidos, na década de 80, sobretudo nos Estados Unidos, causou enorme preocupação da sociedade.
Usando o crack:
Essa droga pode ser fumada em um cachimbo, mas muitos improvisam com tubos de vidro, garrafas plásticas ou até mesmo em papéis de alumínio. O crack pode ser também inalado por meio da fumaça gerada no momento em que a pedra é aquecida.
O efeito é rápido, fazendo com que o usuário fique vulnerável à dependência logo na primeira vez que experimenta, despertando a vontade de usar cada vez mais.
Altos e baixos:
Doze segundos. Esse é o tempo que a droga leva para ativar o centro de prazer no organismo. O usuário sente uma intensa euforia, bem estar e energia; alguns descrevem a sensação do uso como uma intensa excitação sexual.
A temperatura do corpo sobe, os batimentos cardíacos aumentam e as pupilas dilatam. Logo, todo o prazer é substituído pela irritação e inquietação do corpo. Pessoas que usam crack estão mais propensas a sofrerem ataque cardíaco, derrames e convulsões, mesmo as mais saudáveis, podendo até mesmo ser fatal.
Sexo com Crack:
O usuário passa a não sentir mais prazer em outros aspectos da vida com o uso do crack, como comer, fazer exercícios e até sexo. Isso porque as sensações que essas outras atividades trazem, passam a ser praticamente "nada", comparadas às sensações que a droga proporciona.
É como se o sistema do organismo ficasse insensível, desenvolvendo um distúrbio chamado anedonia, em que na memória, restam apenas os momentos das sensações que o crack causa. O usuário passa, então, a viver em função da droga.
Um relacionamento de longo prazo?
O crack é a droga mais devastadora e pode provocar dependência desde a primeira pedra. Nos momentos de fissura (vontade incontrolável de usar a droga), a pessoa precisa fumar 20, 30 vezes por dia.
Quem experimenta crack vive dramas muitas vezes irreversíveis. Não é apenas a saúde do usuário que se corrompe. Você poderá ver amigos, emprego e todas as suas conquistas irem embora devido às inúmeras consequências causadas por essa droga.
A degradação acontece em uma velocidade incontrolável, o usuário deseja droga a qualquer custo, sendo capaz de gastar todo o dinheiro, roubar coisas de casa para vender, se prostituir e até cometer crimes como furtos e roubos para sustentar a dependência.
Crack com outras drogas
:
Maconha –
algumas pessoas misturam pedras de crack em cigarros de maconha, chamados de piticos ou mesclado. Muitos artigos mostram que os traficantes sabem o perigo das drogas, principalmente do crack. Muitos ainda o misturam propositalmente nesses cigarros de maconha, aumentando o número de dependentes dessa droga devastadora.

Álcool - o álcool deixa a pessoa desinibida, podendo servir de estimulante para experimentar o crack. Por isso, esteja sempre atento.

Anfetaminas, Ecstasy – com crack, essas drogas aumentam a pressão no coração, exigindo com que ele trabalhe mais para bombear o sangue. A pessoa corre mais riscos de sofrer derrames e ataques cardíacos.
É bom saber:

Se antes o crack estava apenas entre as classes mais baixas da sociedade, hoje, seu consumo, também já invadiu o ambiente das classes mais privilegiadas, média e alta.
Dados da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostram um crescimento de 42% no número de dependentes de crack que buscaram tratamento entre 2005 e 2009 no Proad - Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes.
Segundo um estudo da Unifesp, um em cada três usuários de crack morre nos primeiros cinco anos de consumo da droga. Esse índice se dá não só pelo uso da droga, mas também pela atividade do tráfico e até por assassinato ou acidentes em tentativas de roubo.

Merla: uma droga brasileira

Obtida das folhas de coca, às quais se adicionam alguns solventes como ácido sulfúrico (H2SO4), querosene e cal virgem (CaO), a merla transforma-se num produto de consistência pastosa, com uma concentração variável entre 40% a 70% de cocaína: 1 kg de cocaína chega a produzir 3 kg de merla. Pode ser fumada pura ou misturada ao tabaco comum ou à maconha. Possui a cor amarelo-pálido e escurece quando vai envelhecendo.
É uma droga altamente perigosa, que causar dependência física e psíquica, além de provocar danos às vezes irreversíveis ao organismo. Sua absorção normalmente é muito grande através da mucosa pulmonar, e seu efeito excita o sistema nervoso central.
Surgiu em Brasília e não possui registros em outros países sul-americanos. É extremamente popular em toda região centro-oeste do país.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Usuários de crack


Os usuários de crack apresentam as seguintes atitudes e características:
- Mudança radical de comportamento, perdendo o interesse nos estudos, trabalho, convivência com familiares e amigos;

- Humor deprimido, agressivo e violento;

- Dificuldades de estabelecer e manter relações afetivas;

- Sensações de perseguição (paranóia), com alucinações e delírios;

- Comportamentos repetidos e atípicos (abrir e fechar portas e janelas, apagar e acender luzes);

- Mente com frequência;

- Passa a furtar objetos (tudo que tiver valor) de sua própria casa ou trabalho para efetuar a compra e posterior consumo da droga;

- Diminuição do apetite com perda rápida de peso;

- Distúrbios do sono, em geral insônia;

- Em alguns casos flatulência, diarréia e vômitos;

- Descuido e falta de asseio na higiene pessoal;

- Olhos vermelhos, pupilas dilatadas e boca seca;

- Contrações musculares involuntárias;

- Apresentam bolhas e ferida na língua, nos lábios, rostos e dedos.

Chances de recuperação:

As chances de recuperação são das mais baixas que se conhece dentre todas as drogas-dependência. A submissão voluntária ao tratamento por parte do dependente é difícil, haja vista que a "fissura", isto é, a vontade de voltar a usar a droga, é grande demais. Além disso, a maioria das famílias de usuários não tem condições de custear tratamentos em clínicas particulares ou de conseguir vagas em clínicas terapêuticas assistenciais, que nem sempre são idôneas. É comum o dependente iniciar, mas abandonar o tratamento.
A melhor forma de tratamento desses pacientes ainda parece ser objeto de discussão entre especialistas, mas muitos psiquiatras e autoridades posicionam-se a favor da internação compulsória em casos graves e emergenciais, cobrando previsão legal e aumento de vagas em clínicas públicas que oferecem esse tipo de internação.
A recuperação não é impossível, mas depende de muitos fatores, como o apoio familiar, da comunidade e a persistência da pessoa (vontade de mudar). Além disso, quanto antes procurado a ajuda, mais provável o sucesso no tratamento.

quarta-feira, 6 de julho de 2011


ESSE É O MUNDO DE QUEM USA HEROÍNA









Inicialmente a heroína proporciona uma sensação agradável, mas com o uso contínuo, o usuário fica do jeito que as fotos estão mostrando.

A heroína expande
suas fronteiras

O comércio dessa droga está cada vez maior. E até o Brasil é mercado

Anna Paula Buchalla

Uma pesquisa divulgada pela Associação Parceria contra as Drogas mostra que a heroína entrou para o rol dos entorpecentes consumidos no Brasil, ao lado da maconha, da cocaína, do crack, do LSD e do ecstasy. Até pouco tempo atrás, ela nem sequer aparecia nas estatísticas. Os registros policiais também indicam que essa porcaria anda em alta por aqui. Só no primeiro trimestre deste ano, foram apreendidos 13 quilos em território nacional, quase a metade do que foi confiscado em 2001 inteiro. No início de junho, um empresário paulista foi flagrado no momento em que fazia a entrega de 10 gramas da droga a um morador do bairro Cidade Jardim, um dos mais nobres de São Paulo. Foi a primeira apreensão de heroína no mercado varejista brasileiro em quase quinze anos. "Quando o tráfico miúdo começa a ser desvendado, isso significa que a droga já conta com uma quantidade de usuários razoável", afirma o psiquiatra Cláudio Jerônimo da Silva, da Universidade Federal de São Paulo, estudioso do assunto. O número de viciados é relativamente pequeno, mas preocupa as autoridades médicas. Não existe droga mais perigosa do que a heroína. Fabricada a partir do ópio, causa dependência depois de poucas doses, provoca sintomas de abstinência terríveis, e é dificílimo abandoná-la.

O consumo de heroína no Brasil está intimamente ligado ao fato de que ela passou a ser produzida na Colômbia. Ou seja, o acesso ficou bem mais fácil. Os chefões do tráfico do país vizinho resolveram entrar no negócio nos anos 90, quando o preço da cocaína começou a despencar. Há vinte anos, 1 grama de cocaína valia 100 dólares. Hoje, sai por 4 dólares, no máximo. Um grama de heroína, por sua vez, custa atualmente algo em torno de 200 dólares. Esse, digamos, redirecionamento estratégico fez com que a Colômbia se transformasse em pouco tempo num dos maiores produtores de heroína. Cerca de 12% da droga que roda o planeta tem origem colombiana.

A heroína pode ser injetada, fumada ou inalada. A terceira forma é a que está mais na moda, porque não deixa marcas e evita o risco de contaminação pelo vírus da Aids, o HIV. Ao contrário da cocaína, que excita os sentidos e eleva a auto-estima de qualquer energúmeno, a heroína dá uma sensação de torpor e empresta à realidade contornos de sonho, como se não houvesse problemas e a pessoa pairasse acima do bem e do mal. Vários artistas famosos, de diferentes épocas, usaram heroína e se deram mal. Entre eles, Billie Holiday, Chet Baker, Miles Davis, Sid Vicious e Kurt Cobain. Layne Staley, ex-cantor do grupo Alice in Chains, morreu vítima da droga, assim como o ator John Belushi. John Frusciante, guitarrista do Red Hot Chili Peppers, permaneceu quatro anos vagando como mendigo pelas ruas de Los Angeles, antes de se curar do vício. A diferença entre a quantidade necessária para causar algum efeito e a dose fatal é muito pequena – o que explica o número mais elevado de mortes por overdose de heroína.

Em todo o mundo, o narcotráfico movimenta 400 bilhões de dólares anuais. A sua rede conta com uma logística de dar inveja a multinacionais e atende 180 milhões de dependentes. Destes, quase 10 milhões são consumidores de heroína. Com os atentados terroristas de 11 de setembro, em Nova York e Washington, a heroína tornou-se ainda mais atrativa para os traficantes. Isso porque, com o aumento da fiscalização nas fronteiras americanas e européias, ficou mais difícil contrabandear grandes carregamentos de cocaína e outras drogas. A vantagem da heroína é que pequenas quantidades, fáceis de transportar, proporcionam lucros altíssimos.

Os atentados terroristas nos Estados Unidos promoveram, ainda, uma mudança significativa no eixo de produção da heroína. O Afeganistão dos talibãs era o principal berço da droga. Ela servia para financiar o governo fundamentalista e a organização terrorista Al Qaeda, que ali mantinha o seu quartel-general. Os talibãs taxavam desde o plantio da papoula, planta da qual se extrai o ópio, matéria-prima da heroína, até a exportação da substância refinada. Isso lhes rendia cerca de 25 milhões de dólares por ano. A ofensiva americana destruiu a maioria dos campos de papoula e tirou do Afeganistão o título de campeão mundial na produção da droga. Hoje, os grandes produtores estão no Sudeste Asiático. São Mianmar (a antiga Birmânia), Tailândia e Laos, que formam o "triângulo dourado". A arma para combater a heroína nesses países (e um dia, espera-se, será também no Afeganistão e na Colômbia) chama-se desenvolvimento econômico. Na Tailândia, a indústria do turismo está encolhendo as plantações de papoula, com a construção de resorts e a inclusão de áreas inóspitas nos roteiros dos viajantes.


FONTE :http://veja.abril.com.br/030702/p_060.html

Heroína, o analgésico que mata


A heroína é uma droga perigosíssima, capaz de viciar um indivíduo num prazo de poucos dias.


A morte vem aos poucos, com a destruição das defesas do organismo. Ou é instantânea, numa overdose; a cura, quando acontece, é lenta, cara e tão dolorosa que muitos viciados desistem no meio do caminho.
Para ficar viciado em heroína é fácil: basta uma ou duas semanas. Para livrar se do vicio é um pouco mais difícil: são necessários três anos de tratamento caro e extremamente doloroso. Não é à toa que apenas três em cada dez viciados conseguem abandonar a droga. Mais que o álcool, a maconha e a cocaína, eis aí a grande ameaça aos jovens deste fim de século.

Derivada do ópio e sintetizada a partir da morfina pela primeira vez em laboratório, em 1898. chegou a ser considerada uma solução para a cura dos viciados em morfina. Mas depois que se descobriu que ela é no mínimo três vezes mais poderosa que a própria morfina, sua fabricação foi proibida no mundo inteiro.

Como as outras drogas derivadas do ópio. a heroína age sobre os sistemas digestivo e nervoso central, onde os efeitos de torpor e tontura vêm associados, nos estágios iniciais, há um sentimento de leveza e euforia. Agindo como depressora do sistema nervoso central, alivia as sensações de dor e angústia. Segue-se um estado de letargia que pode durar horas. As primeiras doses podem provocar vômitos ou náuseas. Os sintomas desaparecem em pouco tempo mas voltam com violência quando a droga deixa de ser consumida, porque o organismo se acostuma rapidamente a ela.

Injetada diretamente no sangue, com o uso de seringas, a heroína produz efeitos que duram de duas a quatro horas. Como qualquer outra substância externa precisa de cúmplices no organismo - elementos químicos que funcionam como receptores - para propagar seu efeito. Estes encontram-se em determinadas regiões do cérebro, nos músculos e nos intestinos. Por ter a propriedade de combinar-se muito facilmente com os receptores, a heroína é considerada o protótipo das drogas geradoras de dependência. Um dos medicamentos usados no tratamento de viciados é a metadona. por sua propriedade de ocupar os mesmos espaços da droga nas moléculas receptoras. Mas seu uso é limitado pois também gera dependência.

As reações adversas são muitas. A heroína impede a produção de endorfinas, analgésicos naturais do organismo, porque a própria droga se encarrega de fornecê-los. As conseqüências não podem ser piores: quando o viciado tenta suprimir a droga, o organismo não volta automaticamente a produzir as endorfinas logo, nada ameniza a dor da pessoa. O mesmo processo se repete com outras substâncias.

LSD difundido nos meios artísticos

Com o movimento hippie começa a ser utilizado de forma recreativa e provoca grande agitação nos Estados Unidos. O consumo do LSD difunde-se nos meios universitários norte-americanos, grupos de música pop, ambientes literários.
Exemplos disso são as músicas "Lucy in the Sky with Diamonds" gravada pela banda britânica The Beatles e "Lindo Sonho Delirante", um clássico da Psicodelia brasileira de Fábio e Carlos Imperial.
http://www.youtube.com/watch?v=A7F2X3rSSCU
http://www.youtube.com/watch?v=liu5OUuKixo

terça-feira, 5 de julho de 2011

Informações e História do LSD

A dietilamida do ácido lisérgico (LSD) é a mais poderosa droga conhecida: menos de 30 gramas são suficientes para produzir mais de trezentas mil doses. Devido a essa potência, a dosagem de LSD é medida em microgramas, sendo que cada micrograma equivale a um milionésimo de grama. Cem microgramas são suficientes para produzir uma viagem, como o efeito da droga é conhecido. Em estado puro, o LSD - um derivado semi-sintético do ácido lisérgico - apresenta-se na forma de cristal, podendo ser também produzido, com potência cinco mil vezes maior que a da mescalina e duzentas vezes maior que a da psilobcina. Doses vendidas ilegalmente costumam ter de 50 a 400 microgramas, produzindo efeitos por um período variável entre 8 e 12 horas. Overdoses de LSD podem acontecer mais facilmente do que com outras drogas, já que é difícil medir quantidades tão minúsculas. Alguns pesquisadores, entretanto, sugerem que uma verdadeira overdose de LSD ocorre apenas com a ingestão de quantidades fantásticas, em torno de 7 milhões de microgramas.

A história do LSD é relativamente recente. Ela começa em 1943, com o químico suíço Dr. Albert Hoffman, que trabalhava para os Laboratórios Sandoz pesquisando derivados do Claviceps purpúrea, também conhecido como ergot, um fungo que atacava o centeio. Os alcalóides desse fungo já haviam sido isolados alguns anos antes, mas pela primeira vez o Dr. Hoffman constatou sua presença em plantas mais elevadas, da família das Convolvuláceas. Essas plantas - a Rivea corymbosa e a Ipomoea violácea - eram empregadas há séculos na América Central pelos índios zapotecas. Acredita-se que os alcalóides sintetizados por Hoffman no fungo do centeio foram responsáveis pelos delírios que acompanhavam os sintomas da peste negra que grassou pela Europa, na Idade Média, quando populações inteiras eram intoxicadas ao comer pão feito com centeio contaminado pelo Claviceps purpúrea. Ao realizar experiências com o ácido dietilamida d-lisérgico, a vigésima quinta substância extraída numa série de testes com o fungo, o Dr. Hoffman absorveu, acidentalmente, através da pele, uma quantidade mínima de droga. Intrigado com os efeitos que experimentou, o cientista baptizou a substância como LSD-25 e resolveu fazer novas pesquisas com ela, escrevendo mais tarde um relatório que chamou a atenção do mundo científico para a descoberta de uma droga que, segundo Hoffman, podia deflagrar um estado de realidade alterada. No começo da década de 60, o LSD-25 foi empregado experimentalmente em sessões de psicoterapia, principalmente nos Estados Unidos, onde seu uso era legal. Das clínicas e das universidades, a droga espalhou-se para o mundo, transformando-se, junto com a "beatlemania" e a revolução sexual, em símbolos de uma época que, para muitos, representava o início da Era de Aquário.

Embora seu uso tenha sido legalmente restrito a partir de 1963, o ácido lisérgico continuou sendo fabricado em laboratórios clandestinos e consumido em grande quantidade. Mas, a partir de 1969, seu consumo começou a diminuir, ao mesmo tempo em que se desvanecia o sonho dos anos 60. Nas décadas posteriores o LSD se tornou droga fora de moda e hoje o seu uso é raro. Enquanto esteve em voga, o ácido lisérgico influenciou profundamente a música, o cinema, as artes plásticas e os costumes, num amplo movimento que ficou conhecido como psicodelismo.

sábado, 2 de julho de 2011

A História da Coca


A arqueologia mostrou-nos que a utilização da folha da coca é já muito antiga, tendo sido encontrados vestígios do seu consumo no Equador e no Peru datados de 2500 A.C.. A planta Erythroxylon Coca tem origem na América do Sul, nas regiões altas dos Andes. Foram os índios bolivianos Aymara, conquistados pelos Incas no século X, que começaram a utilizar a palavra “coca” que significa “planta”. Nos séculos XII e XIII, a coca deu origem a inúmeros confrontos, até que os Incas, em 1315, conseguiram o seu monopólio. Para este povo, a coca era uma planta medicinal e sagrada, incluída, por isso, em rituais religiosos, profecias, casamentos, funerais e nos rituais de iniciações de jovens nobres (“haruaca”). No entanto, a sua utilização não era generalizada, sendo apenas acessível à elite Inca.

Com a descoberta da América, começam a surgir atitudes contraditórias face à coca. Se por um lado a Igreja proibe a sua mastigação, com o intuito de abolir um vício pagão, por outro, quando percebe os benefícios que poderia retirar da manutenção do seu consumo, permite que os índios trabalhassem sob o seu efeito. Um édito de Filipe II de Espanha legaliza o uso da coca, generalizando-se o consumo a toda a população nativa. A coca chega mesmo a tornar-se um substituto da comida. Neste seguimento, multiplicam-se as referências ao consumo de coca por viajantes e cronistas, que lhe atribuem benefícios medicinais e estimulantes. Apesar disso, os espanhóis não exploram comercialmente este produto, ao contrário do que aconteceu com o tabaco e o quinino.

Em 1580, Monardes descreve a planta da coca pela primeira vez. No entanto, esta continua a ser exclusiva da América do Sul. Só em 1750 é que são enviadas as primeiras plantas para a Europa pelo botânico Joseph Tussie.

Em 1858, Nieman e Wolter isolam o princípio ativo responsável pelos efeitos da planta, a cocaína, tendo o interesse por esta substância aumentado a partir desta altura. Foi inicialmente usada como medicamento, após foi rapidamente comercializada em grande escala, passando a ser constituinte de vários produtos como o vinho tónico de Angelo Mariani (Vin Mariani), remédios caseiros ou mesmo da Coca-Cola (o que se verificou durante 17 anos). A cocaína passou a ser o remédio de eleição para quase todas as doenças. Personalidades como Sir Arthur Conan Doyle (criador do famoso detetive Sherlock Holmes), Júlio Verne, Thomas Edison, o Papa Leão XIII, Rei William III, Alexandre Dumas, R. L. Stevenson e por aí adiante, tornam-se seus convictos defensores.

Freud, após a ter experimentado e feito a revisão da literatura disponível sobre o assunto, contribui para provar a sua função de anestésico local, recomendando-a inclusivamente para problemas como a depressão, perturbações digestivas, asma, estimulante, afrodisíaco, etc. A medida que se vão observando os efeitos negativos do consumo de cocaína e após a publicação sobre "heroinomania" de Louis Lewin, Freud (1885) reformula a sua posição e começa a trabalhar o conceito de toxicomania, publicando também os "apontamentos sobre a ânsia de cocaína". Entre 1885 e 1890, a literatura médica apresenta mais de 400 relatos de perturbações físicas e psíquicas devido ao consumo desta subtância. Dado que muitos deles se referiam a pessoas a quem tinha sido administrada cocaína como antídoto para a morfinomania, as duas drogas (cocaína e morfina), apesar de possuírem efeitos muito diferentes, começam a ser confundidas e regulamentadas, a nível internacional, de igual forma.

O recurso à cocaína como anestésico local em cirurgia ocular e otorrinolaringológica generalizou-se, tendo sido, mais tarde, substituída por equivalentes mais seguros.

De uma forma mais acentuada nos anos 20, verificou-se nos países ocidentais uma grande surto no consumo de cocaína por aspiração nasal. Foram necessárias medidas de controle internacionais e a Segunda Guerra Mundial para que a magnitude desta epidemia começasse a sofrer uma redução. Até aos anos 70, o consumo manteve-se bastante marginal, altura a partir da qual a cocaína começou a ser associada à imagem de êxito social (nos Estados Unidos). Tal fato, voltou a acentuar o consumo, que se generalizou às diferentes classes sociais e teve forte aceitação entre consumidores de outras drogas como a heroína, álcool ou anfetaminas, tornando-se num grave problema de saúde pública.

No nosso país, os anos 80 marcam o aparecimento da cocaína no mercado negro. Inicialmente uma droga de elite, rapidamente sofreu uma banalização e generalização do seu consumo.