segunda-feira, 27 de junho de 2011

Quando a arte encontra a droga

         O artista plástico Frederic Post reuniu ex-usuários da droga e idealizou uma pesquisa de 5 anos que resultou em um livro de 500 páginas e uma instalação de arte que reúne desenhos feitos por estes ex-usuários da droga sobre os desenhos dos comprimidos. O livro chama-se Anonymous Engravings on Ecstasy Pills, onde Frederic recriou estes desenhos em 500 caracteres que compõe o livro, aproximando o ecstasy da arte. 
O livro descreve como se comporta nossa sociedade: "Hoje, com o uso de drogas, queremos experimentar deste prazer sem restrições, quebrar a rotina monótona, fazer amor demorado, queremos festa mesmo que estamos cansados ​​(...)." Seria esta a razão de um mercado tão rentável para a droga? 
        A grife Vanina Hänin foi além: criou uma coleção de joias baseadas nos desenhos dos comprimidos de ecstasy que custam entre 200 e 500 dólares. As joias podem ser encontradas no site da marca.
        As joias são inspiradas na obra de Frederic Post e a polêmica a meu ver vem na inspiração da arte em relação ao uso de drogas. Apoio a liberdade de expressão, desde que esta não seja apelativa - fato que pode ocorrer com o uso de drogas como o ecstasy.




O artista plástico Romero Britto também criou uma instalação com obras inspiradas no ecstasy. As obras são coloridas e contam com formas diversas de uma perspectiva distorcida da realidade, fazendo uma alusão à droga. As obras podem ser vistas no video ao lado.
           A droga ainda chega através da música, tão presente na vida de pessoas - principalmente jovens - público alvo da droga. A música brasileira Puro Êxtase de autoria do Barão Vermelho compara uma mulher aos efeitos do ecstasy, também conhecida por Pílula do Amor devido ao seu efeito que aumenta a libido sexual. Bandas como Black Eyed Peas carregam a droga em sua letra como na música "Just Can't Get Enough" onde um dos vocalistas, Taboo, fala "you're love is a dose of ecstasy" (seu amor é uma dose de ecstasy). Algumas bandas vão além quando o verso que abre o refrão é nada menos que "vamos ficar chapados", no caso de Ulysses - Franz Ferdinand.
           A música influencia e desperta curiosidade. Como afirma a estudante de Comunicação Social Isabella Carvalho, "Os jovens são influenciados pela mídia porque ela exerce poder na formação da identidade de cada um deles." Uma vez ouvindo que seu artista favorito usa uma droga, a curiosidade aumenta e a vontade de experimentar aumenta na mesma proporção.
                    O primeiro passo para o combate à droga é a conscientização de cada um, para que se tenha uma cabeça madura suficiente para relevar a importância de uma mente limpa e um corpo saudável, longe de qualquer droga.


Fonte: http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/drogas/contexto2.html
http://comunicandoteorias.blogspot.com/2009/03/musica-influencia-na-vida-dos-jovens.html
http://www.we-find-wildness.com/2011/01/frederic-post/
http://shop.vaninahanin.com/index.php/artists/frederic-post/ecstasy

7 comentários:

  1. ficou muito interessante! :)

    ResponderExcluir
  2. tu é do meu grupo, não vale UIAHEOUIHAW

    ResponderExcluir
  3. fico interessante mesmo, mas é basante "influente" sobre alguns quando bandas que eles gostam, falam sobre drogas, e ainda mostram somente a parte "positiva" da droga: a hora da euforia.

    ResponderExcluir
  4. achei muito interessante, outros casos conhecidos que o mesmo ocorre são as letras do beatles como é o caso de 'lucy in the sky with diamonds' que seria a abreviação de 'LSD' o que seria, para alguns, o mesmo que induzir o uso de drogas. Também no filme da Disney, Alice no País das Maravilhas, em que a personagem entra em um mundo paralelo por consumir substancias nocivas.

    ResponderExcluir
  5. verdade, nem me lembrei de lucy in the sky with diamonds (cujas iniciais formam LSD). E os smurfies com os cogumelos alucinógenos?!

    ResponderExcluir
  6. adorei, concordo com a frase "Os jovens são influenciados pela mídia porque ela exerce poder na formação da identidade de cada um deles.", apesar de que, não deveria acontecer, nos deparamos com muitos casos de pessoas que experimentaram porque ouviam tanto alguma música de seu ídolo, a qual apresentava e dava características da droga, que sentiram curiosidade. Acho que está na hora das campanhas de prevenção superarem essas formas de incentivo à "matar a curiosidade" dos jovens

    ResponderExcluir