quinta-feira, 30 de junho de 2011

Crack, o caminho no organismo e sua ação no sistema nervoso

Leva 10 segundos para fazer o efeito, gerando euforia e excitação; respiração e batimentos cardíacos acelerados, seguido de depressão, delírio e "fissura" por novas doses. Crack refere-se à forma não salgada da cocaína isolada numa solução de água, depois de um tratamento de sal dissolvido em água com bicarbonato de sódio. Os pedaços grossos secos têm algumas impurezas e também contêm bicarbonato. Os últimos estouram ou racham (crack) como diz o nome.
Cinco a sete vezes mais potente do que a cocaína, o crack é também mais cruel e mortífero do que ela. Possui um poder avassalador para desestruturar a personalidade, agindo em prazo muito curto e criando enorme dependência psicológica.
As primeiras sensações são de euforia, brilho e bem-estar, descritas como o estalo, um relâmpago. Na segunda vez, elas já não aparecem. Logo os neurônios são lesados e o coração entra em descompasso (de 180 a 240 batimentos por minuto). Há risco de hemorragia cerebral, fissura, alucinações, delírios, convulsão, infarto agudo e morte.
O pulmão se fragmenta. Problemas respiratórios como congestão nasal, tosse insistente e expectoração de mucos negros indicam os danos sofridos.
Dores de cabeça, tonturas e desmaios, tremores, magreza, transpiração, palidez e nervosismo atormentam o craqueiro. Outros sinais importantes são euforia, desinibição, agitação psicomotora, taquicardia, dilatação das pupilas, aumento de pressão arterial e transpiração intensa. São comuns queimaduras nos lábios, na língua e no rosto pela proximidade da chama do isqueiro no cachimbo, no qual a pedra é fumada.
O crack induz a abortos e nascimentos prematuros. Os bebês sobreviventes apresentam cérebro menor e choram de dor quando tocados ou expostos à luz. Demoram mais para falar, andar e ir ao banheiro sozinhos e têm imensa dificuldade de aprendizado.

O caminho da droga no organismo:
Do cachimbo ao cérebro:
1. O crack é queimado e sua fumaça aspirada passa pelos alvéolos pulmonares;
2. Via alvéolos o crack cai na circulação e atinge o cérebro;
3. No sistema nervoso central, a droga age diretamente sobre os neurônios. O crack bloqueia a recaptura do neurotransmissor dopamina, mantendo a substância química por mais tempo nos espaços sinápticos. Com isso as atividades motoras e sensoriais são superestimuladas. A droga aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca. Há risco de convulsão, infarto e derrame cerebral;
4. O crack é distribuído pelo organismo por meio da circulação sanguínea;
5. No fígado ele é metabolizado;
6. A droga é eliminada pela urina.

Ação no sistema nervoso:
Em uma pessoa normal, os impulsos nervosos são convertidos em neurotransmissores, como a dopamina (1), e liberados nos espaços sinápticos. Uma vez passada a informação, a substância é recapturada (2). Nos usuários de crack, esse mecanismo encontra-se alterado.
A droga (3) subverte o mecanismo natural de recaptação da substância nas fendas sinápticas. Bloqueado esse processo, ocorre uma concentração anormal de dopamina na fenda (4), superestimulando os receptores musculares - daí a sensação de euforia e poder provocada pela droga. A alegria, entretanto, dura pouco. Os receptores ajustam-se às necessidades do sistema nervoso. Ao perceber que existem demasiados receptores na sinapse, eles são reduzidos. Com isso as sinapses tornam-se lentas, comprometendo as atividades cerebrais e corporais.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Cocaína: apresentação


A cocaína deriva da folha do arbusto da coca (Erytbroxylon Coca), do qual existem variedades como a boliviana (huanaco), a colombiana (novagranatense) ou a peruana (trujilense). A planta possui 0,5% a 1% de cocaína e pode ser produtiva por períodos de 30 ou 40 anos, com cerca de 4 a 5 colheitas por ano.

Esta substância possui propriedades estimulantes e é comercializada sob a forma de um pó branco cristalino, inodor, de sabor amargo e insolúvel na água, assumindo os nomes de rua de coca, branca, branquinha, gulosa, júlia, neve ou snow. O pó é conseguido mediante um processo de transformação das folhas da coca em pasta de cocaína e esta em cloridrato.

Regra geral, a cocaína é consumida por inalação, mas pode também ser absorvida pelas mucosas (por exemplo, esfregando as gengivas). Para além disso, pode ainda ser injectada pura ou misturada com outras drogas. Não é adequada para fumar. A cocaína é, por vezes, adulterada com o objetivo de aumentar o seu volume ou de potenciar os efeitos. Nestes casos, é-lhe misturada lactose, medicamentos (como procaína, lidocaína e benzocaína), estimulantes (como anfetaminas e cafeína) ou outras substâncias.

Pertence ao grupo de substâncias simpático-miméticas indiretas: provoca um aumento de neurotransmissores na fenda sináptica e um elevado estímulo das vias de neurotransmissão, nas quais a dopamina e a noradrenalina estão implicadas. É um estimulante do Sistema Nervoso Central, agindo sobre ele com efeito similar ao das anfetaminas. Esta substância atua especialmente nas áreas motoras, produzindo agitação intensa. A nível terapêutico, é usada como analgésico.

Cocaína pode mudar a maneira como os genes trabalham no cérebro

Um estudo realizado em um rato pelo pesquisador Ian Maze e seus colegas, da Escola Monte Sinai de Medicina, em Nova York, mostrou que o vicio crônico da cocaína mantém uma enzima especifica fazendo seu trabalho de bloquear outros genes no circuito de prazer do cérebro, fazendo os ratos desejarem ainda mais a droga. O estudo ajuda a explicar como o uso de cocaína muda o cérebro.

De acordo com os cientistas, um grupo de ratos recebeu repetidas doses de cocaína e outro grupo recebeu doses frequentes de salina e uma única dose de cocaína. Eles descobriram que, de alguma maneira, a droga altera circuitos reprimindo o gene 9A, que faz uma enzima responsável por um buraco no “liga e desliga” de genes.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Quando a arte encontra a droga

         O artista plástico Frederic Post reuniu ex-usuários da droga e idealizou uma pesquisa de 5 anos que resultou em um livro de 500 páginas e uma instalação de arte que reúne desenhos feitos por estes ex-usuários da droga sobre os desenhos dos comprimidos. O livro chama-se Anonymous Engravings on Ecstasy Pills, onde Frederic recriou estes desenhos em 500 caracteres que compõe o livro, aproximando o ecstasy da arte. 
O livro descreve como se comporta nossa sociedade: "Hoje, com o uso de drogas, queremos experimentar deste prazer sem restrições, quebrar a rotina monótona, fazer amor demorado, queremos festa mesmo que estamos cansados ​​(...)." Seria esta a razão de um mercado tão rentável para a droga? 
        A grife Vanina Hänin foi além: criou uma coleção de joias baseadas nos desenhos dos comprimidos de ecstasy que custam entre 200 e 500 dólares. As joias podem ser encontradas no site da marca.
        As joias são inspiradas na obra de Frederic Post e a polêmica a meu ver vem na inspiração da arte em relação ao uso de drogas. Apoio a liberdade de expressão, desde que esta não seja apelativa - fato que pode ocorrer com o uso de drogas como o ecstasy.




O artista plástico Romero Britto também criou uma instalação com obras inspiradas no ecstasy. As obras são coloridas e contam com formas diversas de uma perspectiva distorcida da realidade, fazendo uma alusão à droga. As obras podem ser vistas no video ao lado.
           A droga ainda chega através da música, tão presente na vida de pessoas - principalmente jovens - público alvo da droga. A música brasileira Puro Êxtase de autoria do Barão Vermelho compara uma mulher aos efeitos do ecstasy, também conhecida por Pílula do Amor devido ao seu efeito que aumenta a libido sexual. Bandas como Black Eyed Peas carregam a droga em sua letra como na música "Just Can't Get Enough" onde um dos vocalistas, Taboo, fala "you're love is a dose of ecstasy" (seu amor é uma dose de ecstasy). Algumas bandas vão além quando o verso que abre o refrão é nada menos que "vamos ficar chapados", no caso de Ulysses - Franz Ferdinand.
           A música influencia e desperta curiosidade. Como afirma a estudante de Comunicação Social Isabella Carvalho, "Os jovens são influenciados pela mídia porque ela exerce poder na formação da identidade de cada um deles." Uma vez ouvindo que seu artista favorito usa uma droga, a curiosidade aumenta e a vontade de experimentar aumenta na mesma proporção.
                    O primeiro passo para o combate à droga é a conscientização de cada um, para que se tenha uma cabeça madura suficiente para relevar a importância de uma mente limpa e um corpo saudável, longe de qualquer droga.


Fonte: http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/drogas/contexto2.html
http://comunicandoteorias.blogspot.com/2009/03/musica-influencia-na-vida-dos-jovens.html
http://www.we-find-wildness.com/2011/01/frederic-post/
http://shop.vaninahanin.com/index.php/artists/frederic-post/ecstasy

HEROÍNA

Heroína é uma substância depressora do Sistema Nervoso Central sendo capaz de alterar as sensações de prazer e dor. Na sua forma pura, é encontrada como um pó branco facilmente solúvel em água.

Efeitos:
  • Analgesia (perda da sensação de dor física e emocional)
  • Sonolência, embotamento mental sem amnésia
  • Disfunção sexual em altos graus.
  • Sensação de tranquilidade e de diminuição do sentimento de desconfiança.
  • Maior autoconfiança e indiferença aos outros: comportamentos agressivos.
  • Contração da pupila
  • Perda do controle humorístico, ou seja, o famoso humor bipolar. Ao ser usada, a droga pode acarretar a mudança de humor bipolar, em um momento o usuário está irritado, um pequeno período de tempo depois, ele se torna muito brincalhão

"Mulher é presa com duas mil pílulas de ecstasy presas ao corpo" - G1

"Cerca de dois mil comprimidos de ecstasy foram apreendidos em Cascavel, na região Oeste do Paraná, na noite desta quinta-feira (23). Eles estavam escondidos no corpo de uma jovem de 21 anos, separados em pacotinhos. Com fita adesiva, foram colados nas costas dela.
A polícia parou o ônibus no qual a mulher viajava, em uma operação de rotina, e desconfiou da falta de bagagem. Quando foi revistada, a droga apareceu. Ela, de acordo com a polícia, disse que foi contratada para transportar estimulantes sexuais, e não ecstasy.
A droga teria vindo de Cidade do Leste, no Paraguai, e seria levada para São Paulo." - G1


metilenodioximetanfetamina (MDMA), mais conhecida por ecstasy, é uma droga sintetizada (feita em laboratório), cujo efeito é a diminuição da reabsorção da serotoninadopamina e noradrenalina no cérebro, onde estas substâncias ficarão em maior contato entre as sinapses, causando euforia, sensação de bem-estar, alterações da percepção sensorial do consumidor e grande perda de líquidos, pertencente a família das anfetaminas. (...)
É vendido sob a forma de comprimidos e ocasionalmente em cápsulas. A dose de cada comprimido consumida é variável, podendo chegar de poucas miligramas a mais de 200 mg, muitas vezes misturadas a cafeína, amido, detergentes e outras drogas.

Cigarro - Pare de fumar, não de viver

Estou colaborando com o grupo responsável pelo cigarro postando aqui uma campanha que foi produzida pelos alunos: Giovani Barbieri, Caroline Brun, Carolina Rebellato, Marília Pretto e Andressa Wendland contra o tabagismo para as aulas de inglês. A campanha é composta por um video cujo tema é: "Stop Smoking, Not Living" (pare de fumar, não de viver) e já foi vinculada à RBS TV de Santa Rosa. A camapanha se destaca pelo conceito que valoriza o lado humano de quem não fuma, contrariando outras campanhas que insistem em mostrar o lado negro da droga. Assim, mostramos o que a pessoa ganha não fumando e não o clichê que todos já conhecem. Pare de fumar, não pare de viver.

domingo, 26 de junho de 2011

Apresentação do LSD




O LSD, também chamado de ácido, pills, cones ou trips é uma droga com ação alucinógena e psicodélica, pode se apresentar em forma de barras, cápsulas, tiras de gelatina, micropontos ou folhas de papel secante, sendo que a dose em média é de 50 a 75 microgramas. É uma substância sintética, produzida em laboratório, que adquiriu popularidade na década de 60, quando não era vista como algo prejudicial à saúde.

Acrônimo de dietilamida ácido lisérgico, produz grandes alterações no cérebro, atuando diretamente sobre o sistema nervoso e provocando fenômenos psíquicos, como alucinações, delírios e ilusões. É consumido por via oral, absorção sub-lingual, injetado ou inalado. Ela é a substância mais ativa que age no cérebro, agindo sobre os sistemas neurotransmissores, seratononérgicos e dopaminérgicos.. Pequenas doses já produzem grandes alterações.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Aumenta o uso do crack entre as classes média e alta



Uma pesquisa realizada em Minas Gerais revela o perfil do usuário de crack: a droga que tem efeitos devastadores avança entre os jovens das classes média e alta. O uso está diretamente ligado ao aumento da violência.

Legalização da Maconha

A algum tempo, a mídia vem nos mostrando campanhas e marchas para a legalização da maconha. Por ser um assunto bem polêmico, a maioria da população apresenta uma opinião formada sobre esse assunto. Se você ainda não tem, vale a pena rever os aspectos favoráveis e desfavoráveis para essa legalização.

Aspectos A Favor:
• Menos pessoas morreriam no combate ao tráfico
• Poderia haver maior controle de qualidade das drogas, o que reduziria o número de mortes
• Haveria menos presos apenas por uso de drogas e, portanto, haveria mais espaço nas cadeias para criminosos perigosos
• Poderia haver redução da criminalidade, pois muitos crimes são cometidos para financiar o tráfico
• Centenas de bilhões gastos todo ano por governos do mundo todo com a repressão às drogas poderiam ser investidos em outras áreas
• Menos pessoas morreriam no combate ao tráfic
o

Aspectos Contra:
• As violentas disputas entre traficantes pelo mercado de drogas não terminariam
• Os sistemas públicos de saúde gastariam mais com o tratamento dos dependentes
• Grandes indústrias poderiam distribuir drogas e, como fazem com cigarros ou álcool, incentivar seu consumo
• Poderia haver um aumento no número de dependentes, pois as drogas seriam mais baratas e acessíveis
• Com mais viciados, poderia haver um aumento no número de crimes cometidos, em busca de dinheiro para sustentar o vício




E enquanto a legalização não ocorre, os integrantes da Marcha da Maconha (evento que ocorre anualmente, em diversos locais do mundo para tornar-se legal o uso das
folhas secas das plantas Cannabis e às flores das plantas femininas) continuam a lutar por essa causa.

Fontes: revistaepoca.globo.com
e wikipedia.com

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O poder do crack

"Comparado a outras drogas, o crack é sem dúvida a mais nefasta porque produz rapidamente a dependência: sob a compulsão pela substância, o usuário desenvolve comportamentos de risco, que podem chegar à atividade criminosa e à prostituição", diz Solange Nappo, da Unifesp. Pablo Roig, psiquiatra e dono de uma clínica de tratamento de dependentes químicos, acrescenta que a dependência chega a tal ponto que o usuário perde a capacidade de decidir se usará ou não a droga.

A mancha do crack se espalha entre usuários de drogas devido a uma combinação de acesso econômico e potência química. A relação entre preço e efeito faz do crack uma droga muito popular, de fácil acesso. Os traficantes desenvolveram uma verdadeira estratégia para ampliar o mercado da droga: a "venda casada", de maconha mais crack. No primeiro momento, a maconha dá um relaxamento e o efeito do crack é mitigado. Depois, o usuário resolve experimentar o crack puro e sente um efeito muito mais poderoso.

Começam, então, as mudanças de comportamento. Além de graves consequências para a saúde, a droga provoca no dependente atitudes violentas. "Ele fica alterado, inquieto, irritado e, em geral, passa a se envolver com a criminalidade como nenhum outro usuário de drogas", diz Laranjeira, da Associação Brasileira de Psiquiatria. A única prioridade é a droga: a saúde, a família, o trabalho e os amigos ficam de lado. É uma mudança total no esquema de vida e estrutura de valores.

Estimativas americanas apontam que, a cada dólar gasto no combate às drogas, a sociedade economiza até sete dólares em despesas com hospitais, segurança pública e acidentes de carros, entre outros. No caso devastador do crack, fica evidente que a cruzada antidroga pode economizar ainda mais vidas.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Crack: vício que começa muitas vezes na família




Cresce nas grandes cidades brasileiras o uso do crack entre adolescentes e crianças - uma droga que gera dependência já nas primeiras tragadas. Essa droga provoca um vício que começa muitas vezes por influência da própria família.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Cigarro é responsável por até 90% dos casos de câncer de pulmão

O governo norte-americano apresentou nesta terça-feira uma nova série de advertências sobre as consequências nocivas do cigarro, entre elas, afirmou que o cigarro é responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão nos homens e 80% nas mulheres. Além disso, foram divulgadas imagens de um corpo sem vida, uma boca com cicatrizes e um pulmão enegrecido com o objetivo de destacar os riscos do fumo para saúde.

A FDA (agência de controle de alimentos e medicamentos americana) afirmou em seu site que, a partir de setembro de 2012, vai requerer advertências mais enfáticas sobre os danos do fumo em todos os maços de cigarro e propagandas nos Estados Unidos. Os novos alertas devem ser anunciados oficialmente pela secretária da Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Kathleen Sebelius.

No Brasil, estão proibidos anúncios de cigarro em todas as mídias e as imagens da campanha do governo que mostram as consequências do fumo para a saúde estão estampadas nos maços.

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,3359386,Cigarro-e-responsavel-por-ate-90-dos-casos-de-cancer-de-pulmao.html

Cinco motivos para parar de fumar agora

Estudos estimam que o Brasil tenha cerca de 25 milhões de fumantes com idade igual ou superior a 15 anos.
Até mesmo quem não é louco por cinema conhece a clássica cena do filme "Gilda" (1946) em que Rita Hayworth aparece em um longo preto, com luvas e cigarro em mãos. Situações como essa ajudaram a criar a ideia de que fumar era uma arma de sedução.

Até hoje essa imagem de falso glamour prevalece, e o principal difusor já não o cinema, e sim a publicidade. Dados da Pesquisa Especial de Tabagismo, divulgada em agosto de 2010 pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), mostram que os jovens entre 15 e 24 anos são o alvo preferencial da indústria do tabaco. O estudo comprovou: quem tem menos de 30 anos começa a fumar, em média, aos 17.

O cigarro exerce, de fato, uma atração que atende pelo nome de nicotina, a substância viciante que dá aquela segurada no estresse e na ansiedade. Mas ele ainda é composto por mais de 4.700 substâncias tóxicas que causam danos em quase todas as partes do corpo. Cerca de 50 componentes provocam alteração na estrutura genética das células, contribuindo para a ocorrência de diferentes tipos de câncer.
Respire melhor
Embora só comece a dar as caras depois de 15 anos, a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), antigamente conhecida como enfisema pulmonar, provoca o estreitamento das vias respiratórias, dificultando a renovação do oxigênio. Seus principais sintomas são tosse, produção de catarro e falta de ar. "Estima-se que até 2025 a DPOC será a terceira causa de morte no mundo", avisa a coordenadora da Comissão de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia Irma de Godoy. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 90% dos diagnósticos o câncer de pulmão está associado ao fumo.
Soco no estômago
A nicotina contribui para aumentar a produção de ácido clorídrico, o que favorece a ocorrência de gastrite e úlcera. "Fumantes também sofrem com mais frequência da doença de refluxo gastroesofágico, que faz a pessoa sentir um líquido azedo subindo pela garganta", esclarece o secretário-geral da Associação Brasileira de Gastroentereologia, Ricardo Bartuti.
Bate-coração
Segundo Carlos Alberto Machado, cardiologista do Comitê Antitabaco da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a nicotina e o monóxido de carbono levam à descamação do endotélio, membrana que reveste os vasos sanguíneos, facilitando o depósito de gorduras. Com os vasos obstruídos, pode ocorre o infarto.

Para quem usa pílula anticoncepcional e fuma, o problema pode ser maior. Jovens fumantes que tomam anticoncepcional têm dez vezes mais probabilidades de sofrer um ataque cardíaco e aumentam em 39% o risco de desenvolver doenças coronarianas e, em 22%, de acidentes vasculares cerebrais.

"A pílula e a nicotina agem na coagulação do sangue, favorecendo a formação de trombos, que podem se deslocar, causando problemas", alerta a coordenadora do Centro de Tratamento do Tabagismo do Inca Cristina Cantarino.
Velha-jovem
As rugas nos fumantes aparecem 20 anos antes do que nos não fumantes. "Os danos do cigarro à pele são piores que os dos raios solares. A nicotina age nas camadas profundas da pele, inibe a produção de substâncias vasodilatadoras e diminui, por consequência, o calibre dos vasos sanguíneos. Isso afeta a circulação, impede que o oxigênio e os nutrientes cheguem na quantidade devida às células, gerando rugas acentuadas", explica o professor de dermatologia da Santa Casa de São Paulo Marcus Maia.

Essas marcas não podem ser regeneradas nem por cosméticos (nenhum produto é capaz de atingir as fibras de colágeno afetadas pelo cigarro), nem por cirurgias plásticas. Para piorar, fumantes enfrentam dificuldades ao passar por procedimentos cirúrgicos, já que o cigarro danifica as fibras de colágeno e deixa a pele mais flácida, dificultando a cicatrização no local da sutura.
Terreno infértil
Segundo pesquisa da Universidade de Oslo, a combinação monóxido de carbono mais nicotina pode antecipar a menopausa. A primeira substância reduz o volume de oxigênio no corpo, o que determina uma queda na produção do hormônio estrógeno até seu fim. Já a nicotina faz com que o corpo gaste mais rápido esse mesmo hormônio.

Quem fuma também diminui sua taxa de fertilidade em 40% - as substâncias nocivas da fórmula do cigarro interferem na ovulação. Outro mal causado ao sistema reprodutor é o aumento do risco do câncer de colo do útero. "Fumar diminui as defesas e favorece a contaminação pelo vírus HPV, principal responsável por esse tumor", explica o coordenador da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia Luciano Pompei.
Fonte:Centershop/ABEAD(Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS

As drogas, substâncias naturais ou sintéticas que possuem a capacidade de alterar o funcionamento do organismo, são divididas em dois grandes grupos, segundo o critério de legalidade perante a Lei: drogas lícitas e ilícitas.

As drogas lícitas são aquelas legalizadas, produzidas e comercializadas livremente e que são aceitas pela sociedade. Os dois principais exemplos de drogas lícitas na nossa sociedade são o cigarro e o álcool. Outros exemplos de drogas lícitas: anorexígenos (moderadores de apetite), benzodiazepínicos (remédios utilizados para reduzir a ansiedade), etc.

Já a cocaína, a maconha, o crack, a heroína, etc., são drogas ilícitas, ou seja, são drogas cuja comercialização é proibida pela legislação. Além disso, as mesmas não são socialmente aceitas.

É importante ressaltar que não é pelo fato de serem lícitas, que essas drogas são pouco ameaçadoras; a alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o órgão, as drogas ilícitas respondem por 0,8% dos problemas de saúde em todo o mundo, enquanto o cigarro e o álcool, juntos, são responsáveis por 8,1% desses problemas.

Nesse sentido, muitos questionam a aceitação, por parte da sociedade, das drogas lícitas, uma vez que as mesmas são prejudiciais para a saúde e também causam dependência nos usuários. Assim, o critério de legalidade ou não de uma droga é historicamente variável e não está relacionado, necessariamente, com a gravidade de seus efeitos. Alguns até mesmo afirmam que esse critério é fruto de um jogo de interesses políticos, e, sobretudo, econômicos.